CONTANDO HISTÓRIAS

O INCRÍVEL TRABALHO DE ROSANA MONT’ALVERNE NA ARTE DO IMAGINÁRIO, DA CRIAÇÃO ATRAVÉS DA LEITURA E DA ESCRITA, MUDANDO FORMAS DE VER A VIDA E O MUNDO.

O linguista israelense Daniel Dor usa uma fórmula para definir a literatura. Seria uma técnica de “instrução da imaginação”, que não serve simplesmente para “comunicar”, mas para fazer viver experiências simuladas. Por meio de uma prática de simulação socialmente compartilhada (portanto, diferente da fantasia individual), o leitor tem a possibilidade de ampliar sua própria complexa experiência existencial: de clareá-la e de enriquecê-la, de articulá-la e de ampliá-la, adquirindo assim novos instrumentos para enfrentar os desafios da vida real. 

Pois foi justamente este poder do imaginário o material usado, com extrema qualificação e cultura, por Rosana Mont’Alverne, em evento na Academia de Letras do MPMG.

Rosana tem percorrido o Brasil em apresentações comoventes.

Rosana Mont’Alverne, editora e contadora de histórias, enriqueceu a noite de 18 de abril (dia do Livro Infantil) na Academia de Letras do Ministério Público (ALEMP-MP). Ali ela pôde fazer uma dinâmica, falando sobre o poder da literatura na infância: uma análise sobre o incrível processo da palavra oral à escrita

A editora nasceu em Três Corações, Minas Gerais e formou-se em Direito e se pós-graduada na área da Educação. Fez mestrado pela UFMG e especialização em Arte-Educação pela PUC de Minas. Editora e presidente da Câmara Mineira do Livro, ela tem a experiência trazida da mais tradicional escola mineira na formação de contadores de histórias, formando educadores, bibliotecários e narradores para os diferentes processos de mediação de leitura. 

O Instituto Cultural Aletria, fundado por Rosana Mont’Alverne em 2005, é uma proposta de produzir e desenvolver projetos culturais com foco na literatura oral e escrita. É constituído pela Editora Aletria, especializada em literatura infantil e juvenil; pela Escola de Formação de Contadores de Histórias e Mediadores de Leitura e pela Produtora Cultural – o Instituto também produz espetáculos narrativos e eventos literários para escolas, órgãos públicos e empresas.

Na área de produção cultural destaca-se o projeto Conto Sete em Ponto, criado em 1998 por Rosana de Mont’ Alverne Neto, e considerado o projeto mensal de contação de histórias mais antigo em Minas Gerais. Em 2007, nasceu mais um projeto: Feira de Histórias. Todos os sábados, na praça Tom Jobim, em BH, entre 2007 e 2013 foram apresentados espetáculos gratuitos de contação de histórias. É importante destacar que graças ao projeto a Feira Tom Jobim foi revitalizada, a população voltou a frequentá-la e os feirantes voltaram a ter as vendas aquecidas.

Em parceria com a Prefeitura Municipal de Ouro Preto e a Prieto Produções, a Aletria realizou, em 2010, o Montanhas de Histórias – Simpósio Internacional de Contadores de Histórias, principal evento do país dedicado à narração de histórias, que foi realizado durante 12 anos no Rio de Janeiro.

Desde sua fundação, em 2005, a escola de formação de contadores de histórias da Aletria formou mais de 500 contadores de histórias. Em 2012, a Aletria criou mais um importante projeto de formação de educadores e incentivo à leitura: Festa no Céu. Na primeira edição, o Festa no Céu formou 60 educadores de 10 escolas da região do Barreiro, em Belo Horizonte e atendeu mais de 640 crianças nas oficinas “Dobraduras e literaturas” e “Histórias com trecos, objetos e cacarecos” e levou 20 espetáculos de narração de histórias para mais de 3 mil crianças, além de ter realizado um seminário para 270 educadores.

Luiz Alberto Magalhães, Maria Odete, Bergson, Rosana Monta´alVerne, Selma Araújo e Marcos Paula de Souza Miranda no evento na AMMP/ALEMP-MG.

GALERIA DE IMAGENS:

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